segunda-feira, 6 de julho de 2009

PARA NÓS, CAMPO-GRANDENSES...

Comecei esta semana com uma missão: junto com o repórter cinematográfico Pedro Silvestre, cobrir a polêmica discussão envolvendo ambientalistas e produtores rurais em Mato Grosso, mais precisamente nos municípios do estado que – por sorte ou revés – carregam a alcunha de fazerem do bioma amazônico. Vale ressaltar que, desde um 1996, os agropecuaristas desta região devem respeitar o limite de manter preservados 80% da mata nativa presente nas propriedades. Antes desta data a exigência era que “apenas” 50% fossem mantidos intactos.

Para cumprir esta tarefa nosso cronograma é bastante extenso: saímos de Campo Grande no domingo em direção a Cuiabá. Da capital mato-grossense seguiremos na noite desta segunda-feira (daqui a algumas horas, para ser mais preciso) para Sinop. Na terça pela manhã rumamos de carro para Alta Floresta (cerca de 350km de estradas em condições duvidosas), onde permaneceremos até a madrugada de sexta-feira. Bem, como deve ter dado para perceber escrevo este post enquanto aguardo o momento para o check-in do vôo, que parte às 22h45 horário local.

Para encurtar a história e ir direto ao assunto que motivou este depoimento, vamos deixar o enfoque da viagem para depois (e lá vai a propaganda), afinal todas as reportagens que fizermos aqui serão veiculadas nas próximas edições do Rural Notícias, Rural Meio-Dia e Bom Dia Campo, no Canal Rural.

Bem, vamos lá... Ao desembarcar em Cuiabá (domingo, quase meio-dia) o sol e o calor característicos da região já mostraram o porquê são tão famosos. Cerca de 35 graus logo na saída do aeroporto (que na verdade não fica em Cuiabá, mas sim em Várzea Grande). Nada que castigue um sul-mato-grossense, mas o suficiente para “esquentar” um pouquinho...

Driblado o efeito calor, em seguida me deparo com a triste realidade (pelo menos para nós, campo-grandenses): conterrâneos da Cidade Morena, não há mais jeito! A Copa do Mundo de 2014 realmente vai ter como uma das sub-sedes nossos “vizinhos”. É claro que esta história já está mais do que batida, mas “cá entre nós”, é muito castigante ver que tudo o que era planejado para a nossa terra será feito – de fato – aqui!

Nas ruas os outdoors comemorativos tomam conta e chamam muita atenção. Em todos eles (ou na grande maioria) frases estampam a felicidade dos cuiabanos e demonstram o agradecimento ao Governador Blairo Maggi – articulador mestre desta conquista. Não bastasse os outdoors, ainda é preciso conviver com os veículos particulares que carregam “colados na lataria” vários adesivos repetindo tal felicidade.

Olhando para os lados é possível ver o progresso dando passos cada vez maiores nesta terra. Prédios em construção, hotéis sendo ampliados, restaurantes organizando a cozinha e melhorando significativamente o atendimento... Efeito Copa? Com certeza!!! Ainda faltam 5 anos para o maior evento que esta região verá (ressalto que poderíamos ser nós comemorando tais feitos), portanto é tempo para se preparar, aparar as arestas que possam causar má impressão aos turistas, evoluir para fazer desta oportunidade um marco na história da cidade e do estado.

Acredito que um dos maiores investimentos deverá ser destinado ao transporte. Isso aqui tá um caos só! Engarrafamentos, buzinaços, acidentes! Problemas comuns em uma Capital, como a nossa Campo Grande! Para dar um jeito nisso, as emissoras locais já exibem informes publicitários informando as medidas que serão adotadas para mudar o vai-vém dos moradores. E uma delas é a implantação dos famigerados “veículos leves sobre trilho”, que o nosso prefeito gostaria tanto de implantar em nossa cidade...
Bem, desabafos à parte, escrevo este pequeno relato para demonstrar minha consternação por não termos sido escolhidos como sub-sede da Copa de 2014. Escrevo para reforçar que tínhamos sim perfeitas condições de atender às exigências de FIFA, e que, assim como a grande maioria de nós, não encontro “explicações palpáveis” para a nossa derrota...

Porém, encerro este comentário com uma dor imensa no coração, mas sem poder deixar de parabenizar nossos “vizinhos” pela conquista e de “invejá-los” por não estarmos vendo em nossa Capital Morena os largos passos que o progresso já caminha por aqui.

PS: segue um "videozinho" editado às pressas aqui mesmo no aeroporto apenas para ilustrar o texto.

PS 2: Como não tinha nenhum conversor de vídeo instalado no computador, baixei um "rapidão" na internet. Mas como a cópia era "gratuita para teste" ele colocou automaticamente uma mensagem no meio da tela. Desconsiderem...

2 comentários:

Maurício Nascimento disse...

Ow fi, não sabia que vc tinha blog. prazer em conhecer.hehe
Legal.
Tenho que fazer um pra mim, mas dá preguiça.kkkkk
Abração meu irmão

Anônimo disse...

Ahhhh... deve dar uma dorzinha no coração mesmo sentir que "perdemos" para eles... enfim, o que está doendo meu coração agora é a sua falta... volta loooooggoo!!! rsss... bjus