segunda-feira, 29 de junho de 2009

Salve a Seleção!!!



Ainda me lembro como se fosse ontem! O lateral Roberto Carlos ajeitava o meião, a zaga brasileira dava um vacilo histórico e o atacante Henry marcava aquele que seria o único gol da partida, o golpe fatal no sonho do hexa. Era dia primeiro de julho de 2006 e o Brasil – incrédulo – assistia à desclassificação precoce da Seleção na Copa do Mundo de Futebol. Minha reação foi instantânea: raiva, decepção e uma vergonha imensa de torcer com tanta garra para um time formado por “pop-stars” que aparentavam estar mais preocupados com os Dólares que ganhavam na Europa do que com os milhões de corações que assim como o meu tinham esperança de ver mais uma vez o país levantar o caneco (que convenhamos, deixou de ser um caneco há muitas e muitas copas...). Quem é brasileiro sabe: podemos enfrentar a maior dificuldade em tudo, mas quando o assunto é futebol, somos os maiorais... Bem, pelo menos éramos até aquele fatídico dia. Lembro que prometi para mim mesmo nunca mais torcer com tamanha paixão para a Seleção e estava certo de que aquele ufanismo estava sendo abandonado. E assim foi feito durante o segundo semestre de 2006, todo o ano de 2007, 2008 (apesar de que as vitórias sobre a Argentina, bem, estas eu comemorei bastante) até chegarmos a 2009, um ano antes de mais uma Copa do Mundo. A decepção com as escalações do Dunga, a apatia do time em campo, enfim, tudo conspirava para que a minha promessa se mantivesse firme. Desta vez, já supondo a classificação para a Copa, não me decepcionaria como outrora, já que este “timinho sem-vergonha” não movia nenhuma empolgação. Ledo engano! Eliminatórias sul-americanas: 4 x 0 no Uruguai!!! 2 x 1no Paraguai!!! E chega o teste final: a Copa das Confederações. A estréia modesta diante do Egito (4 x 3), a vitória tranqüila sobre os EUA 3 x 0, a humilhação “piedosa” sobre os atuais campeões do mundo (3 x 0 Itália), a vitória “na raça” sobre os donos da casa ( 1 x 0 África do Sul) e a virada esplendorosa sobre os norte-americanos na final (3 x 2 ) e pronto! Lá estou eu, novamente, vibrando com as cores tupiniquins, erguendo a bandeira verde-amarela e gritando: Somos mais uma vez os favoritos ao título! De time fraco e pouco expressivo, nossa Seleção mostrou neste torneio as características que mais representam o brasileiro: determinação, garra, força de vontade, emoção. Espero não me frustrar de novo, espero poder escrever um final mais feliz em 2010, espero – como milhões de brasileiros – poder soltar o grito preso na garganta em 2006 e bradar: HEXACAMPEÃO!!! Bem... ainda falta bastante tempo até lá. Ainda é cedo para ficar entusiasmado com o time. Mas, como brasileiro nato, vou me permitir tentar mais uma vez. Apostarei novamente na Seleção, vestirei a camisa Canarinho e aguentarei ouvir a narração muitas vezes “pé fria” do Galvão Bueno em mais um Mundial. Afinal, sou brasileiro e como diz o ditado: Não desisto nunca! Mas se o time fraquejar... Bem, aí será outra história!!!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson morreu! Estamos chocados!


A notícia que começou como um boato rapidamente se espalhou e antes que pudéssemos nos dar conta do que de fato acontecia, nos surpreendíamos com a nota oficial: o maior astro do pop mundial saía de cena. Não há muito o que comentar, apenas que eu, assim como o mundo inteiro, ficamos chocados com o fim repentino de uma carreira que começou muito cedo. Surpresa, comoção, recordação, tristeza, enfim, um misto de sentimentos entrelaçados tomou conta de quem, assim como eu, admirava (mesmo que a certa distância) o trabalho de um verdadeiro artista. Interessante falar sobre a reação que nossa mente e nosso coração adotam em momentos como este. Eu por exemplo estava em casa, ainda anestesiado pela classificação da Seleção Brasileira para a final da Copa das Confederações, após uma vitória que –parafraseando Galvão Bueno – fora dramática, quando vejo a Fátima Bernardes falar sobre o estado de saúde até então oficialmente desconhecido do cantor. Pelo destaque dado a notícia, que mais tarde abriria o Jornal Nacional, não restava dúvidas de que algo estranho pairava no ar. Estaria ainda vivo o autor de sucessos como Thriller (1982)? Tive a sensação que não. Palpite confirmado – oficialmente – horas depois... E a modesta alegria pela vitória brasileira ficava de lado, era substituída pelo espanto, pela surpresa, pelo choque e pela decepção: gostaria realmente de poder ver (pela TV e iternet, é claro) o retorno deste ícone aos palcos. Conseguiria ele, mais uma vez, surpreender a todos e dar a volta por cima, arrebanhar milhares de fãs em milhões de Dólares em uma turnê que já tinha todos os ingressos vendidos para nada mais nada menos que 50 shows? Acredito que sim. Mas, infelizmente, nunca vamos saber.
Quarenta e cinco anos de carreira, cinqüenta de idade, polêmica, sucesso, falência, escândalos, julgamentos, surpresas, autenticidade, excentricidade... quantas palavras e expressões podem ser associadas e/ou rotular uma carreira que foi acompanhada nos quatro cantos do mundo? Talvez todas juntas, talvez outras não transcritas neste post, talvez ainda apenas aquela que o caracterizou por muitos e muitos anos: ORIGINALIDADE!
Encerro este comentário com a frase “clichê,” que ouvi pela primeira vez em maio de 1994 na morte de Ayrton Senna, mas que acredito ser a que melhor possa definir este momento: “morre um ídolo, nasce um mito”. As outras gerações com certeza ouvirão falar dele!

Luiz Patroni